Para especialistas da Universidade de Colorado, região poderá ter 15 tempestades tropicais.
A temporada deste ano de furacões no Atlântico será mais intensa do que a média, segundo um estudo divulgado por dois especialistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.
Os meteorologistas William Gray e Phil Klotzbach, considerados dois dos maiores especialistas na área, preveem a ocorrência de 15 tempestades tropicais nesta temporada de furacões no Hemisfério Norte – oito delas devem se transformar em furacões.
Os pesquisadores preveem ainda que quatro dos furacões devem chegar pelo menos à intensidade três na escala de medição, com ventos superiores a 180 quilômetros por hora.
O aumento da intensidade das tempestades nesta temporada de furacões, que vai de 1º de junho a 30 de novembro, ocorre após um ano de pouca atividade, com o menor número de tempestades tropicais em 12 anos em 2009.

Condições
Os especialistas da Universidade do Colorado preveem um enfraquecimento do fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento das águas na superfície do Oceano Pacífico, aliado a um aquecimento anormal das águas do Atlântico, para criar as condições para a formação de tempestades tropicais.
Segundo Gray e Klotzbach, as condições verificadas neste ano são semelhantes às verificadas no começo de abril em 1958, 1966, 1969, 1998 e 2005, anos que tiveram temporadas de furacões particularmente intensas.
Eles preveem ainda que a probabilidade de um furacão de grande intensidade atingir o Caribe e a costa dos Estados Unidos neste ano é de 58% e 69%, respectivamente.
Os especialistas admitem, porém, que é “impossível prever com precisão a atividade nesta temporada de furacões” em abril, mas dizem que os dados coletados nos últimos 58 anos ajudaram a formular um modelo com alto índice de confiabilidade.
Eles pretendem publicar novas previsões, revisadas, no início de junho e no início de agosto.
Eles pretendem publicar novas previsões, revisadas, no início de junho e no início de agosto.
Especialista em furacões dos EUA prevê ano ‘infernal’
Eventos maiores que o Katrina devem ocorrer ocorrer no Atlântico.
Entre as causas estão mudanças nos ventos e aquecimento das águas.
Cresceu no mês passado a ameaça de que o Atlântico sofra mais furacões que o normal, e este promete ser um “ano infernal”, disse um importante meteorologista norte-americano nesta quarta-feira (26).
William Gray, pioneiro na previsão de furacões e fundador de um respeitado centro de pesquisas da Universidade Estadual do Colorado (CSU), disse que sua universidade irá atualizar as previsões para a temporada de 2010 em um relatório a ser divulgado em 2 de junho.
“Os números vão ser bem altos”, afirmou Gray em entrevista na Flórida, onde participa de uma conferência. “Parece ser um ano infernal.”
Ele não quis especificar o número de tempestades que serão previstas no relatório. No último boletim, em 7 de abril, a CSU previa oito furacões, sendo quatro deles “grandes”, ou seja, pelo menos na categoria 5 da escala Saffir-Simpson (ventos regulares de pelo menos 178 quilômetros por hora, com rajadas de até 250 quilômetros por hora).
O devastador furacão Katrina, de 2005, chegou apenas à categoria 3. Aquele ano, aliás, e se tornou o recordista em termos de tempestades tropicais quando da passagem do Wilma – 22ª tempestade, sendo 13º furacão, e o 6º “grande furacão”. Wilma chegou à categoria 5 e foi a quarta tempestade mais custosa na história dos EUA.
Na sua previsão de abril, a CSU estimava um total de 15 grandes tempestades tropicais (das que recebem nomes, com ventos de pelo menos 63 quilômetros por hora) no período de 1º de junho a 1º de dezembro, a temporada oficial das tempestades no Atlântico Norte.
Em média, ocorrem dez tempestades por temporada, sendo que seis delas se tornam furacões (ventos acima de 117 quilômetros por hora).
Gray e seu colega Phil Klotzbach, meteorologista da CSU, disseram à Reuters que os modelos meteorológicos têm mostrado uma recente mudança no padrão dos ventos e um aquecimento das águas do Atlântico tropical, fatores que reforçavam a probabilidade de muitas tempestades neste ano.
“Tudo está se configurando como uma temporada muito ativa”, disse Gray.
Nenhum comentário:
Postar um comentário